Pirajá (Faria Lima)

Parece até ironia, mas muito antes de a Faria Lima se tornar o endereço corporativo mais caro da capital paulista estabeleceu-se ali, bem no comecinho da avenida, a esquina mais carioca de São Paulo com a abertura, em 1998, do bar Pirajá.

Pois ali dentro, o carioquês fala mais alto do que o corporativês, ainda que boa parte das mesas do salão seja ocupada por “faria limers”.

O cardápio da casa é inspirado na baixa gastronomia carioca, com seus pastéix de queijo, carne e camarão (R$ 48 a porção com seis) e empadinhas de camarão (R$ 16). Boa pedida para o almoço é o menu Ezécutivo, servido de segunda a sexta-feira, em que o prato principal dá direito à entrada (saladinha ou caldinho de feijão) e sobremesa (bolinho de estudante ou salada de frutas). Nele, o bem-servido virado à Pirajá (R$ 69) combina arroz branco, tutu de feijão-preto, farofa de cebola, couve refogada, bisteca grelhada e ovo frito. Por mais R$ 15, dá para acrescentar uma duplinha de coxinha, de bolinho de abóbora com carne-seca ou de croquete de espinafre cremoso com queijo canastra.

Às quarta-feiras, não deixe passar a feijoada da tia Surica (R$ 89 ou R$ 169 para compartilhar), que leva esse nome porque segue à risca a receita da sambista da Velha Guarda da Portela. Servida completa, chega à mesa acompanhada de arroz, farofa, couve, torresmo, linguiça, bisteca grelhada e molhinho apimentado.

A moqueca de frutos do mato (R$ 65), feita com banana e vegetais, acompanhada de arroz, farofa e chips de mandioquinha, atende a vegetarianos e veganos.